segunda-feira, 16 de maio de 2011

que ..

 minha solidão me sirva de companhia, que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.

O meio termo

é que me irrita. Eu sou intensa e tudo que sinto é forte e de verdade, não sei amar mais ou menos ou sentir pouca saudade, ao mesmo tempo que me irrita tenho isso dentro de mim, as minhas indecisões são meu meio termo. É aquilo que me desvirtua, me encabula. Gosto do compacto, me sinto melhor compactada, pronta, feita. Sou um pacote que ainda não foi lacrado, estou sendo preenchida mas só há espaço para o sim ou o não, por isso a demora, preciso separar o meio termo, talvez por isso não posso responder quem sou, estou aberta, ainda não sou, estou em construção.

Até um tempo atrás . .

eu não sabia dizer qual era o meu maior sonho. Eu tinha tantos e não conseguia dar uma importância maior para nenhum, cada um dos meus sonhos tinha um significado, um valor diferente, era impossivel eleger algum deles como o mais desejado, como meu maior sonho. Eu os chamo de pequenos sonhos, não porque são pequenos ou humildes, muito pelo contrário, são ambiciosos e grandes, mas os chamos de pequenos porque assim são perto do que eu acho que é possivel, acredito que tudo é possivel pois como sabemos o impossível só existe porque nos falaram dele, então meus sonhos se tornam pequenos perto do que é possivel pra mim. E por estarem todos em equilibrio, descobri que meu maior sonho é realizar todos os meu pequenos sonhos.